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segunda-feira, 16 de abril de 2012

PM não faz prevenção para travestis em Santa Catarina



Fonte:http://www.atribunanet.com


PM não faz prevenção para travestis

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“Não fazemos nenhuma ação de prevenção relacionada aos travestis”. A afirmação é do tenente coronel Márcio Cabral, comandante do 9º Batalhão da Polícia Militar (PM) de Criciúma. Na última semana, reportagem do Clicatribuna trouxe o relato de alguns travestis, profissionais do sexo, que disseram estarem sendo vítimas de agressões.
Segundo Cabral, como qualquer cidadão eles podem solicitar a ajuda da PM em situações em que tenham a integridade física ameaçada. Ou ainda procurar a Delegacia de Polícia para fazer os devidos registros. No entanto, não faz parte do trabalho da instituição outro tipo de medida em favor deste grupo.
O comandante ainda reforça que há um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) entre o Ministério Público (MP) e os travestis que delimita os espaços que eles podem fazer ponto. Conforme, este acordo, eles não podem ficar ao longo da Avenida Centenário. Precisam trabalhar na área que fica após um driving na região do limite com Içara, da Rodovia Jorge Elias de Lucca para frente, em direção ao município içarense.
De acordo com o comandante não há registro na PM de problemas maiores envolvendo este grupo, apenas alguns chamados de situações de menores gravidades. A PM deve, em breve, verificar se o acordo com o MP está sendo respeitado.

Gapac orienta, mas poucos travestis procuram serviço

É pequena a procura de travestis pelo Grupo de Apoio e Prevenção à Aids de Criciúma (Gapac). Aproximadamente dez deles procuram a ONG que disponibiliza atendimentos com advogados, área psicossocial, ajuda nos agendamentos de consultas e exames médicos, atendimentos em grupos, entre outros.
A assistente social do Gapac, Ane Schimitz, explica que alguns destes travestis não são profissionais do sexo. Casos de agressão entre os que trabalham na rua, com a exploração do próprio corpo, não são tão incomuns, mas neste ano não houve relato entre os frequentadores da ONG sobre terem sido vítimas de violência.
Ane conta que trabalhar como profissional do sexo é uma atividade que deixa os travestis em situação de insegurança, sob vários aspectos. “Eles não sabem com quem estão saindo. Além das agressões podem colocar a saúde em risco”, pontua. Ela conta que no Gapac são enfatizadas orientações para este público se cuidar. Ficar em lugares claros, não sair com mais de uma pessoa no mesmo programa, avisar alguém o local para onde está indo, não usar drogas ou bebidas e fazer Boletim de Ocorrência das situações de agressões são alguns destes cuidados.
Com os profissionais do sexo feminino a ONG ainda mantém um trabalho de acompanhamento nos locais de prostituição. A ação não é estendida aos travestis por falta de estrutura da entidade. Além dos atendimentos psicológico, psicossocial e jurídico, o Gapac realiza palestras e distribui preservativos e matérias informativos, além de outras atividades. Mais informações pelo telefone 3433-6472.

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